Acho que você já se encontrou com alguém e disse: “Voce é uma pessoa extraordinária” e se ela te perguntasse o porque talvez teria um pouco de dificuldade de individuar de trazer em palavras o significado da propria afirmaçao.
Em poucas linhas quero
compartilhar com você que
existe sim diferença entre pessoa e individuo, mas sao realidades
presentes em nossa existencia quer queiramos ou nao.
O individuo é a natureza
na sua categoria natural, biológica
e sociológica. Um tanto
despersonalizado. Muitas vezes é avarento e disperso, reduzido ao
seu aspecto material, sem interioridade, egoísta
e quer tudo pra si mesmo. Vive na superfície
e quer ser feliz e livre de tudo e de todos a todo o custo. Em geral
gosta de estar no centro das atenções
e vive a ilusão que tudo
está girando em torno de
si mesmo.
Enquanto a pessoa
ultrapassa uma categoria biológica
ou psicológica, para um
plano ético e espiritual. Nao é uma outra pessoa, mas é o
indivíduo que procura
superar o próprio
isolamento egoista e de descobrir em si mesmo o universo. A pessoa em
geral é generosa, inteira, sabe dar e sabe receber, mantém aberta
todas as possibilidades, se realiza autenticamente de forma humana.
Diante do mal recebido ela se determina na sua liberdade em responder
de acordo com a sua identidade e princípios
éticos.
Ela é capaz de tomar
distância de si mesmo,
rir dos proprios erros e aceitar os proprios limites. A pessoa é
capaz de doar-se com amor e gerar vida.
O individuo no seu
processo de imaturidade, esta mais ligado as reações
da adolescência “o meu
primeiro”, “bateu levou”. Um tanto fora da realidade,
principalmente quando a sua vontade é contrariada ou limitada.
Como disse, estas duas
faces estão presentes em
nós. Um adulto passou
pela adolescencia e um adolescente deveria chegar a maturidade. A
questão de nossa
sociedade atual é que os adultos não
estão chegando a
maturidade e o pior que estão
felizes de permanecer nesta “dependencia” ou mesmo nesta
adultescencia.
Porém se queremos viver
relaçoes autênticas e
inteiras, sera necessário
possuir a si mesmo, com todas as riquezas e pobrezas, limites e
fracassos. Este acolhimento da nossa própria
existência tal como é,
requer transpiração,
resolução e vontade. A
escolha como sempre é sua, é minha, é de cada um.
Reflexao do Capito 14 do livro:
Antropologia filosófica –Uma introdução
(Francesco Russo e Jose Angel Lombo)